terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

ISRAEL DÁ LIÇÕES AO MUNDO DE VACINAÇÃO EM MASSA CONTRA A COVID-19

 


Hoje, compartilho com você o livro Nação Empreendedora - O Milagre econômico de Israel e o que ele nos ensina dos autores Dan Senor e Saul Singer. Li essa obra literária fantástica alguns anos atrás e  também compartilhei com meus alunos. Uma boa dica de leitura envolvente e dê muitos aprendizados, em diversas áreas como: saúde, educação, tecnologia, segurança, agricultura, medicina... Após essa leitura, você vai conseguir entender porque Israel está em primeiro lugar no mundo, na vacinação contra o novo coronavírus.

Israel tem a campanha de vacinação mais avançada do mundo: 38% da população já recebeu ao menos uma dose e 22% já foram completamente imunizados contra o novo coronavírus.

O país, que tem cerca de 9 milhões de habitantes, foi um dos primeiros do mundo a iniciar a imunização da sua população. Começou em 20 de dezembro e, 12 dias depois, já tinha vacinado mais de um milhão de pessoas. O governo já está vacinando estudantes entre 16 e 18 anos desde 24 de janeiro, para permitir que os adolescentes possam fazer provas e vestibulares em segurança, e agora estendeu a imunização a qualquer cidadão. A meta é inocular todo os habitantes até o fim de março.

3 lições sobre vacinação que Israel pode deixar ao mundo

O país do Oriente Médio já vacinou 24% da sua população com as duas doses; planejamento e tecnologia foram cruciais no processo.

Pouco mais de um mês depois do início da vacinação, mais de 40% da população de Israel já tomou pelo menos uma dose da vacina, de acordo com dados da Our World In Data, painel feito pela Universidade de Oxford que mostra a proporção de pessoas vacinadas em cada país. Os dados são desta segunda-feira (8). Emirados Árabes Unidos, Sychelles e Gibraltar aparecem logo depois, com cerca de 40% de suas respectivas populações vacinadas. Ainda, o Reino Unido aplicou uma dose em pelo menos 17% da sua população, enquanto os Estados Unidos, em 9,5% de seus cidadãos.

Israel já imunizou cerca de 24% de sua população. O país lidera com folga em relação ao restante do mundo. Cerca de 2 milhões de pessoas receberam duas doses e 3,5 milhões receberam pelo menos a primeira, conforme os dados do governo local desta segunda-feira (8).

A população de Israel conta com cerca de 8,5 milhões de habitantes, praticamente um quinto da população do estado de São Paulo. Depois, o tamanho: com uma área territorial de 22.145 quilômetros quadrados, Israel é cerca de 380 vezes menor que o Brasil (ou tem praticamente o mesmo tamanho do estado de Sergipe, que é o menor estado do país).

Israel pode ensinar ao Brasil (e ao mundo) algumas lições – ou pelo menos a direção a se seguir em relação à vacinação.

1. Planejamento é crucial (ainda mais em meio à crise)

Em um contexto de corrida pelas vacinas ao redor do mundo, o planejamento antecipado de Israel se mostrou efetivo. Em junho de 2020, o país assinou seu primeiro acordo de compra de suprimentos, para a vacina do laboratório americano Moderna. Os testes com o imunizante ainda estavam no início. Mais tarde, em novembro, o país anunciou outro acordo, desta vez com a Pfizer, e conversas com a farmacêutica AstraZeneca.

As primeiras doses do imunizante da Pfizer chegaram a Israel em 9 de dezembro de 2020, e as vacinações começaram no dia 19 do mesmo mês. Foram negociados grandes lotes, na comparação com a população do país. O acordo envolveu 8 milhões de doses da vacina, suficientes para imunizar 4 milhões de israelenses, ou quase metade da população, de acordo com o site local The Times of Israel.

O governo de Israel também concordou em pagar mais caro para receber uma leva antecipada de vacinas. O primeiro-ministro argumentou que o custo extra para adquirir as doses seria compensado pelo benefício econômico de suspender as restrições relacionadas à Covid-19 mais cedo. O país já passou por três lockdowns nacionais.

“Estamos em uma corrida armamentista. É uma corrida entre mutação e vacinação, especialmente com a mutação britânica. Existem mais mutações, e haverá mais mutações no futuro. Isso significa que temos que correr o mais rápido possível para vacinar primeiro os grupos de risco na população e depois todos os demais, a fim de dar imunidade”, disse Netanyahu durante uma aparição na conferência da Agenda de Davos do Fórum Econômico Mundial, no fim de janeiro.

2. Tecnologia de ponta faz a diferença 

A tecnologia disponível no sistema de saúde de Israel também ajuda na campanha de vacinação. Por lá, o governo oferece uma cobertura universal de seguro saúde por meio de quatro organizações de manutenção de saúde (HMO, na sigla em inglês), similares aos SUS. As organizações, que são públicas e administradas pelo governo, devem aceitar qualquer cidadão.

Ran Balicer, diretor de inovação da HMO Clalit, explicou à Reuters que Israel integrou infraestruturas de dados digitais com “cobertura total de toda a população, do berço ao túmulo”. “Portanto, é fácil identificar a população-alvo certa e organizar a vacinação com o auxílio de dados, porque isso é algo que é feito em nossa rotina diária de cuidado [com a saúde]”, disse.

Essas organizações investiram fortemente na digitalização de seus sistemas ao longo do tempo, com o objetivo de diminuir custos e agilizar processos. Assim, estão preparadas para organizar o processo de vacinação e receber as doses contra a Covid-19 conforme o número de pessoas atendidas.

“Para receber a primeira dose, chegou uma mensagem de texto do governo informando que eu seria vacinada, com um link para um cadastro e com a indicação do local e hora da vacinação. Tudo eletrônico. Logo depois da primeira dose, no mesmo dia recebi também por mensagem o lote, a hora e a data que tomei a vacina. Depois, em outra mensagem já foi informado o dia e horário para a segunda dose – que é tomada no mesmo local no qual você recebeu a primeira, sempre 21 dias depois”, disse. Segundo ela, caso o usuário não consiga tomar a vacina, pode pedir para remarcar a aplicação também de forma eletrônica.
Outra estratégia, criticada por alguns, foi o compartilhamento de dados. De acordo com a agência de notícias Bloomberg, as entregas da vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech foram aceleradas no início do mês de janeiro, após um acordo do país com a Pfizer para compartilhar dados sobre o programa de vacinação.

3. Vacinação em massa tem efeito 

A organização em prol da vacinação tem resultados animadores. Na última terça-feira (2), o Ministério da Saúde de Israel divulgou dados que mostram que a vacina reduziu significativamente os níveis de infecção. Na última semana de janeiro, apenas 0,04% das 715.425 pessoas foram infectadas uma semana depois de tomarem a segunda dose. Das pessoas vacinadas que foram infectadas, 0,002% tiveram que ser tratadas no hospital. Outro estudo de uma das organizações de saúde de Israel, a Maccabi Healthcare Services, revelou que, de 163 mil israelenses que receberam as duas doses da vacina, apenas 31 foram infectados (ou 0,02%).

Na prática, quase 70% de pessoas com mais de 60 anos já receberam as duas doses, conforme dados do governo israelense. O país está vacinando cerca de 200 mil pessoas por dia e, na semana passada, já disponibilizou as vacinas para qualquer pessoa com mais de 35 anos. Desse grupo, cerca de 40% já recebeu pelo menos uma dose. Toda a população que tem acima de 16 anos anos já está no cronograma para tomar a vacina.

O sistema de saúde vem sendo rígido e busca conscientizar a população em relação à aplicação das duas doses e ao intervalo entre elas. “Todo mundo tem acesso ao sistema de saúde eletrônico, então o governo consegue contatar todo mundo facilmente pelo celular. Ninguém esquece da segunda dose. Depois da primeira, você já recebe o alerta para a segunda, com o dia. Recebe também mais mensagens de lembrete até a data. Estão sendo bastante rigorosos com o intervalo de 21 dias entre as doses, para seguir os protocolos das vacinas da Pfizer e da Moderna”, diz Adriana, que trabalha no Ichilov, um hospital em Tel Aviv, já recebeu as duas doses da vacina da Pfizer e compartilhou o processo até ser imunizada.

DICA: Você pode adquirir esse livro por um preço bem acessível  no site  https://www.estantevirtual.com.br/ 

Fonte: g1.globo.
            infomoney.com.br

Imagem: google.pt

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