O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Ministério da Saúde atualizaram, nesta sexta-feira (5), os dados sobre a situação da Covid-19 no Brasil. Veja os números do último levantamento com as mortes nas últimas 24 horas:
- 1.239 óbitos nas últimas 24 horas;
- 50.872 confirmados nas últimas 24 horas;
- 230.034 mortes;
- 9.447.165 casos confirmados;
- 8.236.864 recuperados (até 03/02, às 19h).
Atualmente o Brasil é o segundo país com mais óbitos registrados pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos.
O Ministério da Saúde conta com a vacina Sputnik V para ampliar a vacinação contra a Covid-19 no país e comunicou ao fabricante, a União Química, que quer adquirir doses o mais brevemente possível.
A divulgação de que o nível de eficácia geral da vacina ultrapassa a marca dos 90% entusiasmou integrantes da cúpula da Saúde, com quem a CNN conversou nesta quarta-feira (3). O clima é de pressão sobre a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda não liberou a fase 3 de testes da vacina por avaliar que ainda não tem todas as informações necessárias.
Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou duas vacinas, produzidas por laboratórios públicos brasileiros: a Coronavac, do Butantan, e a AstraZeneca, da Fiocruz.
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (5), o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Croda (Fiocruz), disse que “foi tardia” a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorizar que laboratórios peçam o uso emergencial de vacina contra Covid-19 sem que os estudos da fase 3 tenham sido feitos aqui no Brasil.
“[A Anvisa] introduziu um rito burocrático maior, mas ela voltou atrás nesse sentido. A gente pode falar que a Anvisa está agindo da maneira mais correta do ponto de vista técnico, de analisar a documentação, de entender o momento da pandemia, da urgência da gente ter um número de doses importantes para vacinar nossos idosos”, falou.
O desempenho da vacina Sputnik V
Eficácia da vacina Sputnik V para Covid-19 é de 91,6%, apontam resultados preliminares publicados na 'The Lancet'.
Análise inicial foi feita com quase 20 mil participantes; monitoramento continua. Desenvolvida na Rússia, vacina foi a quarta a ter resultados de fase 3 publicados em uma revista.
A vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto russo de pesquisa Gamaleya para a Covid-19, teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados nesta terça-feira (2) na revista científica "The Lancet", uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.
A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária.
Foram 19 866 voluntários analisados para essa análise preliminar: dois terços tomaram duas doses da vacina (com um intervalo de 21 dias entre elas) e o restante ficou com um placebo. Desses, 78 pessoas desenvolveram a Covid-19, sendo que 62 estavam no grupo que não recebeu o imunizante de verdade. É a partir desses dados que os pesquisadores concluíram que as injeções reduziram o risco de desenvolver a doença em 91,6%.
Além disso, análises secundárias apontam que, 21 dias após a aplicação da primeira dose, a vacina russa foi 100% eficaz na prevenção de casos graves e mortes. Algo semelhante foi visto com a Coronavac...
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Efeitos colaterais da vacina Sputnik V
Os efeitos colaterais mais observados foram desconforto no local da injeção, dor de cabeça, cansaço e sintomas gripais leves.
A distribuição da Sputnik V
Rússia, Argentina, Bolívia, Venezuela, Paraguai e outros 11 países já têm registro desse imunizante.
A vacina, assim como a Coronavac e a de Oxford, é de fácil armazenamento, o que facilitaria a aplicação nos quatro cantos do Brasil. Em comunicado, o Fundo de Investimento Direto Russo aponta que cada injeção custaria menos de dez dólares.
Análise de Especialistas
A microbiologista Natália Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, destaca os resultados após a aplicação de apenas uma dose da vacina.
"É muito parecida com a vacina da Janssen – que é exatamente a mesma tecnologia e usa uma dose só. E também parecida com a vacina de Oxford, que também usa a mesma tecnologia, de adenovírus, e que a gente não vê um efeito tão grande do reforço – parece que a primeira dose já tem uma boa proteção. Me parece ser o mesmo caso da Sputnik", observa.
A vacina é a quarta a ter resultados publicados em uma revista, depois de Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca e Moderna. Quando isso acontece, significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas.
Fonte: cnnbrasil.com.br
g1.globo.com
saude.abril.com.br
olhardigital.com.br
Imagem: Foto: Sputnik V/Divulgação
Conass/Reprodução
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