domingo, 7 de fevereiro de 2021

ANVISA LIBERA VACINAS SEM EXIGÊNCIA DA FASE 3 CONTRA A COVID-19


Frascos da Sputnik V,  a vacina russa contra a Covid-19
Foto: Sputnik V/Divulgação



O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Ministério da Saúde atualizaram, nesta sexta-feira (5), os dados sobre a situação da Covid-19 no Brasil. Veja os números do último levantamento com as mortes nas últimas 24 horas:


  • 1.239 óbitos nas últimas 24 horas;
  • 50.872 confirmados nas últimas 24 horas;
  • 230.034 mortes;
  • 9.447.165 casos confirmados
  • 8.236.864 recuperados (até 03/02, às 19h).
                       Situação da Covid-19 no Brasil até o dia 05/02/2021. Imagem: Conass/Reprodução

Atualmente o Brasil é o segundo país com mais óbitos registrados pelo novo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos

DADOS ATUALIZADOS ATÉ O DIA 07/02/2021 - Foram confirmados 9.524.640 casos e 231.534 vidas perdidas desde o início da pandemia.

O Ministério da Saúde conta com a vacina Sputnik V para ampliar a vacinação contra a Covid-19 no país e comunicou ao fabricante, a União Química, que quer adquirir doses o mais brevemente possível.

divulgação de que o nível de eficácia geral da vacina ultrapassa a marca dos 90% entusiasmou integrantes da cúpula da Saúde, com quem a CNN conversou nesta quarta-feira (3). O clima é de pressão sobre a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que ainda não liberou a fase 3 de testes da vacina por avaliar que ainda não tem todas as informações necessárias.

Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou duas vacinas, produzidas por laboratórios públicos brasileiros: a Coronavac, do Butantan, e a AstraZeneca, da Fiocruz.

Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (5), o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz,  Croda (Fiocruz), disse que “foi tardia” a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorizar que laboratórios peçam o uso emergencial de vacina contra Covid-19 sem que os estudos da fase 3 tenham sido feitos aqui no Brasil.

[A Anvisa] introduziu um rito burocrático maior, mas ela voltou atrás nesse sentido. A gente pode falar que a Anvisa está agindo da maneira mais correta do ponto de vista técnico, de analisar a documentação, de entender o momento da pandemia, da urgência da gente ter um número de doses importantes para vacinar nossos idosos”, falou.


O desempenho da vacina Sputnik V

Eficácia da vacina Sputnik V para Covid-19 é  de    91,6%, apontam resultados preliminares publicados na 'The Lancet'.

Análise inicial foi feita com quase 20 mil participantes; monitoramento continua. Desenvolvida na Rússia, vacina foi a quarta a ter resultados de fase 3 publicados em uma revista.


A vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto russo de pesquisa Gamaleya para a Covid-19, teve eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares publicados nesta terça-feira (2) na revista científica "The Lancet", uma das mais respeitadas do mundo. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.


A vacina também funcionou em idosos: uma subanálise de 2 mil adultos com mais de 60 anos mostrou eficácia de 91,8% neste grupo. Ela também foi bem tolerada nessa faixa etária. 

Foram 19 866 voluntários analisados para essa análise preliminar: dois terços tomaram duas doses da vacina (com um intervalo de 21 dias entre elas) e o restante ficou com um placebo. Desses, 78 pessoas desenvolveram a Covid-19, sendo que 62 estavam no grupo que não recebeu o imunizante de verdade. É a partir desses dados que os pesquisadores concluíram que as injeções reduziram o risco de  desenvolver a doença em 91,6%. 


Além disso, análises secundárias apontam que, 21 dias após a aplicação da primeira dose, a vacina russa foi 100% eficaz na prevenção de casos graves e mortes. Algo semelhante foi visto com a Coronavac... 


Leia mais em: https://saude.abril.com.br/medicina/vacina-sputnik-v-contra-covid-19-o-que-saber-sobre-eficacia-e-seguranca/



Efeitos colaterais da vacina Sputnik V 


Os efeitos colaterais mais observados foram desconforto no local da injeção, dor de cabeça, cansaço e sintomas gripais leves. 


A distribuição da Sputnik V


Rússia, Argentina, Bolívia, Venezuela, Paraguai e outros 11 países já têm registro desse imunizante. 

A vacina, assim como a Coronavac e a de Oxford, é de fácil armazenamento, o que facilitaria a aplicação nos quatro cantos do Brasil. Em comunicado, o Fundo de Investimento Direto Russo aponta que cada injeção custaria menos de dez dólares. 


Análise de Especialistas


A microbiologista Natália Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, destaca os resultados após a aplicação de apenas uma dose da vacina.


"É muito parecida com a vacina da Janssen – que é exatamente a mesma tecnologia e usa uma dose só. E também parecida com a vacina de Oxford, que também usa a mesma tecnologia, de adenovírus, e que a gente não vê um efeito tão grande do reforço – parece que a primeira dose já tem uma boa proteção. Me parece ser o mesmo caso da Sputnik", observa.


A vacina é a quarta a ter resultados publicados em uma revista, depois de Pfizer/BioNTechOxford/AstraZeneca e Moderna. Quando isso acontece, significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas.

Fonte: cnnbrasil.com.br

          g1.globo.com

         saude.abril.com.br

        olhardigital.com.br

Imagem:  Foto: Sputnik V/Divulgação 

                Conass/Reprodução

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