quarta-feira, 8 de maio de 2013

Nanobiotecnologia: o futuro já começou


A tecnologia que lida com a manipulação da matéria em nível molecular está na base de novos recursos diagnósticos e tratamentos. Entre realidade e promessas, é uma nova era que se inicia.

Robôs microscópicos que navegam pela corrente sanguínea e mandam informações do corpo humano para equipamentos. Medicamentos inteligentes que agem exclusivamente nas células doentes. Nanopartículas injetáveis que possibilitam, em casos de câncer, localizar metástases até então não visualizadas nos exames de imagem... Parece ficção científica? Essas possibilidades já são realidade nos laboratórios de pesquisa, acenando com promessas de utilização médica no futuro. O fato é que a nanobiotecnologia vem transpondo as fronteiras da imaginação para ganhar terreno em aplicações reais, fazendo emergir um admirável mundo novo na medicina.
Lidando com a manipulação de materiais em escala nanométrica – um nanômetro equivale à bilionésima parte do metro, algo 50 mil vezes menor que um fio de cabelo –, a nanobiotecnologia está presente em novas formas de exames diagnósticos, tratamentos e medicamentos.
O tratamento de melanoma, um agressivo tipo de câncer de pele, por exemplo, ganhou eficácia e precisão graças à nanobiotecnologia – e é realidade inclusive no Brasil. Antes da fototerapia (terapia com luz) é aplicado um creme com nanopartículas sobre a pele. Esse produto é absorvido pelo tumor e faz com que o aquecimento produzido pela luz se concentre apenas nas células doentes, eliminando-as. A fototerapia já era um tratamento usual. O que a nanobiotecnologia fez foi potencializar seu efeito. Em vez das cinco sessões convencionais, o tratamento é feito com uma única aplicação. O mesmo princípio pode ser adotado em outros tipos de tumores, com as drogas-alvo dirigidas, assim chamadas porque têm a capacidade de agir apenas sobre as células doentes, livrando as saudáveis de doses desnecessárias de quimioterapia.
Destaque: Robôs microscópicos que navegam pela corrente sanguínea e medicamentos que agem exclusivamente nas células doentes. Apesar de parecer ficção científica, essas possibilidades já são realidade nos laboratórios.
No âmbito do diagnóstico, a tecnologia está contribuindo para aprimorar técnicas de imagem. Um exemplo é o uso de contrastes com nanopartículas de óxido de ferro em ressonância magnética para mapeamento de células cancerígenas. A técnica apresenta vantagens, permitindo identificar áreas com metástase antes impossíveis de serem visualizadas, além de evitar exposição à radiação da medicina nuclear. Mas ainda se estuda a minimização de efeitos colaterais indesejáveis.
Já se demonstrou, também, por meio de testes que o tratamento com injeção de nanorrobôs no sangue é capaz de eliminar alguns tipos de tumor. Assim como os nanorrobôs, muitas outras aplicações permanecem no âmbito da pesquisa, outras requerem aprimoramentos e há as que ainda se mantêm apenas no território da imaginação. Mas, o fato é que essa tecnologia minimalista é uma realidade que vai, cada vez mais, aportar recursos inovadores para a área da saúde.
Fonte: www.einsten.com.br
Acessado em: 08/05/2013

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