domingo, 9 de setembro de 2012

Sacolinhas de cana e milho



Da fila do supermercado, na mesa do jantar, ao ambiente de trabalho, nos últimos tempos o assunto “sacolinhas plásticas” tem sido presença constante nas conversas. O costume corriqueiro de chegar ao caixa e embrulhar sua compra tem dado o que falar. E a dimensão do tema é grande.
Segundo dados divulgados pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), ao longo de 2011 foram utilizadas cerca de 21,5 bilhões de sacolas plásticas no Brasil, e no Estado de São Paulo, pelo menos 6,6 bi. ”Em média, uma família paulista usa 518 sacolas ao ano, e um indivíduo, 162″, afirma o diretor de sustentabilidade da Apas, João Sanzovo.
Mas no dia 03 de fevereiro uma decisão foi tomada, “os supermercados vinculados a nós estavam proibidos de vender ou distribuir sacolas descartáveis”, relembra o especialista. “Mas todas as opções consideradas ‘verdes’, ou seja, oriundas de fontes renováveis como o amido de milho e a cana-de-açúcar, são mais amigáveis ao meio ambiente, e podem ser utilizadas”, assinala Sanzovo. “Para as compras no supermercado, as sacolas reutilizáveis são as mais indicadas.”
Plástico verde 
As restrições aos produtos de origem mineral (leia-se, especialmente o petróleo) aumentam a cada dia e, segundo Alysson Paolinelli, presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), “um dos maiores benefícios do produto à base deste cereal é que em até 12 meses ele já se degradou, sendo que o propileno do petróleo, leva mais de 200 anos para sumir”.

Segundo Paolinelli, o milho é o cereal mais produzido no mundo e a demanda industrial pelo grão tem aumentado, conforme cresce o desenvolvimento de novos produtos, que atendam tendências de consumo e exigências da sociedade. “Não só para sacolas, mas o amido de milho é útil para a produção de outros plásticos também”, explica.
Por sua vez, a Braskem tem a maior unidade industrial de eteno ou etileno derivado de cana-de-açúcar do mundo. E isto permite a produção de 200 mil toneladas de polietileno verde ao ano. “Pode-se dizer que o plástico verde da Braskem é feito de CO2, capturado da atmosfera na fotossíntese da cana”, afirma o presidente da empresa, Bernardo Gradin. 
Fonte: www.ecofair.com.br
Acessado em 9/9/2012

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