quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Como a Copa pode ajudar o tatu-bola a driblar a extinção

                                                   Da Caatinga para o mundo
O desafio é grande. Além de só ser encontrado no Brasil, nosso mascote é a menor e a menos conhecida das 11 espécies de tatu do país. Para se ter uma ideia, não se sabe quantos são e onde estão seus indivíduos. Sabe-se, no entanto, que a distribuição da população se restringe à Caatinga e ao Cerrado, regiões onde as ameaças crescem em proporção inversa a do conhecimento sobre a espécie. Segundo maior bioma da América do Sul, depois da Amazônia, o Cerrado já perdeu mais da metade de sua área, e a Caatinga, mais de 60% da cobertura original. Tanto que hoje, segundo Castro, as maiores à espécie são o desmatamento, a expansão da agricultura e pecuária.
Mas, durante muito tempo, a caça foi o principal vilão. Quando se sente ameaçado, o animal tem a habilidade de se enrolar e assumir a forma de uma bola, protegendo as partes moles do corpo no interior da carapaça rígida, o que justifica o nome de tatu-bola (veja no vídeo abaixo). Essa peculiaridade é um escudo poderoso contra predadores da natureza, mas que torna o animal uma presa fácil para os humanos. “Ele pode ficar hermeticamente fechado nessa posição por até duas horas. É muito fácil para um caçador pegá-lo com as mãos”, explica o pesquisador, destacando que hoje a caça ao animal está restrita a regiões onde ele ainda ocorre, como Tocantins e Goiás.
"Há muito trabalho pela frente", reconhece o biólogo, destacando a necessidade de mais pesquisas para conhecer melhor a espécie, identificar e promover a conservação de áreas-chave para sua sobrevivência e levar educação ambiental para a sociedade. "É preciso mostrar ao Brasil a riqueza de sua biodiversidade e a Copa 2014 é a oportunidade para deixar esse legado ambiental”, diz. "Seria um belíssimo gol de placa".
Fonte: www.exame.com.br
Acessado: 20/9/2012

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