quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Maior aquífero do mundo fica no Brasil e abasteceria o planeta por 250 anos

Imagine uma quantidade de água subterrânea capaz de abastecer todo o planeta por 250 anos. Essa reserva existe, está localizada na parte brasileira da Amazônia e é praticamente subutilizada.
Até dois anos atrás, o aquífero era conhecido como Alter do Chão. Em 2013, novos estudos feitos por pesquisadores da UFPA (Universidade Federal do Pará) apontaram para uma área maior e deram uma nova definição.
"A gente avançou bastante e passamos a chamar de SAGA, o Sistema Aquífero Grande Amazônia. Fizemos um estudo e vimos que aquilo que era o Alter do Chão é muito maior do que sempre se considerou, e criamos um novo nome para que não ficasse essa confusão", explicou o professor do Instituto de Geociência da UFPA Francisco Matos.
Segundo a pesquisa, o aquífero possui reservas hídricas estimadas preliminarmente em 162.520 km³ --sendo a maior que se tem conhecimento no planeta. "Isso considerando a reserva até uma profundidade de 500 metros. O aquífero Guarani, que era o maior, tem 39 mil km³ e já era considerado o maior do mundo", explicou Matos.




O aquífero está posicionado nas bacias do Marajó (PA), Amazonas, Solimões (AM) e Acre --todas na região amazônica--, chegando até a bacias subandinas. Para se ter ideia, a reserva de água equivale a mais de 150 quatrilhões de litros. "Daria para abastecer o planeta por pelo menos 250 anos", estimou Matos. 
O aquífero exemplifica a má distribuição do volume hídrico nacional com relação à concentração populacional. Na Amazônia, vive apenas 5% da população do país, mas é a região que concentra mais da metade de toda água doce existente no Brasil.
Por conta disso, a água é subutilizada. Hoje, o aquífero serve apenas para fornecer água para cidades do vale amazônico, com cidades como Manaus e Santarém. "O que poderíamos fazer era aproveitar para termos outro ciclo, além do natural, para produção de alimentos, que ocorreria por meio da irrigação. Isso poderia ampliar a produção de vários tipos de cultivo na Amazônia", afirmou Matos.
Para o professor, o uso da água do aquífero deve adotar critérios específicos para evitar problemas ambientais. "Esse patrimônio tem de ser visto no ciclo hidrológico completo. As águas do sistema subterrâneo são as que alimentam o rio, que são abastecidos pelas chuvas. Está tudo interligado. É preciso planejamento para poder entender esse esquema para que o uso seja feito de forma equilibrada. Se fizer errado, pode causar um desequilíbrio", disse.
Mesmo com a água em abundância, Matos tem pouca esperança de ver essa água abastecendo regiões secas, como o semiárido brasileiro. "O problema todo é que essa água não tem como ser transportada para Nordeste ou São Paulo. Para isso seriam necessárias obras faraônicas. Não dá para pensar hoje em transportar isso em distâncias tão grandes", afirmou.

Fonte: uol
Acessado em: 02/11/2016

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Lista da ANVISA dos alimentos com maior nível de contaminação


Fonte: café com manteiga
Acessado em: 03/08/2016

Porque o trigo se tornou um alimento tão inflamatório?

Boa noite!

Apos, tanto tempo sem postar nada, eu encontrei alguns assuntos interessantes, que começarei a publicar ,para todos aqueles que interagem com as novas descobertas relacionadas à Biologia.





Nos últimos 15 anos, diversas bases científicas tentam elucidar os aspectos que levaram o cereal a ser um dos maiores fatores colaborativos para uma reação inflamatória em cadeia na população, e causadora de diversas patologias, em maior ou menor intensidade, incluindo a obesidade, rinite, alterações gastrointestinais, depressão e doenças autoimunes1-6.
Um dos argumentos é que o trigo não é mais igual ao que se comia há 10.000 anos, durante o período neolítico. As variedades iniciais, a einkorn e emmer, sofreram diversos cruzamentos genéticos ao longo dos anos, gerando a espécie mais cultivada atualmente, a Triticum aestivum, que possui mais de 25.000 variedades3,5,6. Seu genoma, ou seja, o conjunto de informações genéticas que comandam a construção da planta e caracterizam a espécie, tem uma peculiaridade especial: nas suas células, coexistem os genomas de três espécies primitivas diferentes, resultantes de diversas hibridações naturais, o que confere a ela uma carga de quase 100 mil genes (humanos possuem cerca de 30 mil genes)7,8!
Mas a técnica conhecida comomelhoramento genético é capaz de cruzar esses diferentes genes em um “novo” trigo, selecionando as melhores características de cada variedade – ou produzindo um novo grão com proteínas tão diversificadas que não sabemos direito como atuará em nosso organismo7,8. Um exemplo simples de como o trigo está diferente dos nossos antepassados é pelo seu tamanho: antigamente os trigais poderiam chegar até 1,20 metro, hoje não passam de 60 cm. Essa é uma característica que facilita a colheita por máquinas. Outro exemplo são as sementes dos trigos mais antigos que permaneciam bem grudadas à haste, deixando o grão mais “cascudo”. Manipulações nos genes Q e Tg (gluma tenaz) modificaram a característica “colada” para deixar a semente mais solta e facilitar a colheita e a debulha1,5.
Além disso, os parentes selvagens do trigo não eram capazes de se reproduzir com tanta eficácia como o trigo moderno1,5,8. Hoje a produção do cereal chega a incríveis recordes: previsão de 705 milhões de toneladas de trigo colhido no mundo para 2014/2015, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)2. Para termos uma ideia, em 2013, duas instituições brasileiras da área da agricultura anunciaram parceria para o programa de mellhoramento de trigo no Rio Grande do Sul, no qual estão em andamento 120 cruzamentos para o trigo utilizado para o pão e outros 30 cruzamentos para o trigo de duplo propósito (pastejo e grãos)9.
Esse é um projeto consideravelmente pequeno em termos do que se faz em outros projetos de manipulação genética. O aumento da quantidade de glúten foi uma das grandes modificações ocorridas no trigo, vide as variedades que temos de massas “boas” ou “ruins”, dependendo para o que serão utilizadas7,8. Para os agricultores, características como resistências à determinadas condições ambientais, como a seca, ou a organismos patogênicos, como os fungos, são fantásticas e prometem rendimentos financeiros e quantitativos em larga escala. Entretanto, para a área da saúde, essa pode ser a “chave” para entender a epidemia de alterações fisiológicas que está ocorrendo nos últimos anos6.
Estas mudanças fizeram com que o trigo de hoje possua um teor de glúten muito maior do que os cultivares que ainda é possível encontrar em lugares longínquos da Europa. Os métodos de colheita também afetam a quantidade de glúten nos grãos de trigo1,5. Além de modificações genéticas, seu processo de plantio e colheita também mudou muito nos últimos anos. Antigamente o trigo era colhido a mão, enrolado em fardos no campo e levado até os silos. Somente depois de algum tempo era transportado para ser debulhado, ensacado e transformado em farinha.
Esse processo mais lento permitia certo grau de germinação no trigo, durante o qual é utilizado seu estoque proteico: o glúten, reduzindo assim de forma natural sua quantidade. Na agricultura moderna essas etapas foram suprimidas e o trigo é rapidamente colhido, debulhado e ensacado, e enviado para moagem. Não há, portanto, o procedimento natural de germinação, interrompendo a degradação natural que seria feita com o glúten.
TRIGO NO CAFÉ DA MANHÃ, ALMOÇO E… JANTAR!
Outro argumento dado à causa das doenças modernas, além da modificação dos genes, é que nunca se comeu tanto trigo. Nos supermercados, prateleiras e prateleiras apresentam as mais variedades de produtos feitos com trigo: massas, pães brancos, pães integrais, pães fermentados, pão árabe, croissants, esfihas, congelados de lasanha e empanados, croutuns para saladas, biscoitos cracker, cereais matinais, tortas, biscoitos light, podendo encontrar componentes do trigo até mesmo em sorvetes e cosméticos1.
As ofertas são inúmeras e cada uma é condicionada a fazer parte de pelo menos uma refeição no dia. O que se observa é um excesso de exposição do corpo a uma única proteína….o glúten. A partir da década de 70, houve um aumento no consumo de carboidratos, principalmente do trigo, incentivados pelos cientistas e instituições de saúde de muitos países, em detrimento do consumo de gorduras que foram consideradas por décadas a causa das doenças cardiovasculares e da obesidade no mundo10. A pirâmide alimentar foi construída a partir dos carboidratos, pois à época eram os alimentos mais indicados para o consumo, preferencialmente os grãos integrais.
No entanto, nunca na história da humanidade as pessoas foram tão obesas e apresentaram tão frequentemente problemas cardiovasculares como resistência à insulina, diabetes e hipertensão arterial10. Estudos recentes e pesquisadores renomados afirmam: o trigo contribui mais que qualquer outro grão para a resistência à insulina11, condição precursora do diabetes, e síndrome metabólica12. Isso significa que 100 gramas de trigo são piores para o corpo que 100 gramas de outra farinha semelhante. O índice glicêmico do pão, seja ele integral ou não, varia de 65 a 80, enquanto que da sacarose e da glicose são, respectivamente, 65 e 10013.
Mas os efeitos colaterais do seu consumo se estendem também a outras patologias: depressão, esquizofrenia, demência, neuropatia, enxaquecas, autismo14, dores articulares, alergias alimentares, dermatites, sintomas gastrointestinais, osteoporose, Síndrome do Intestino Irritável, anemia, câncer, fadiga, aftas, artrite reumatoide, esclerose múltipla, e outras15. Reconhece os sintomas em você ou em alguém que você conhece que consome trigo?
Fonte: cafe com manteiga
Acessado em: 03/08/2016